Análise Ativa de Interfaces: Um hábito capaz de melhorar sua criatividade e eliminar o bloqueio criativo - Gabriel Silvestri
Análise Ativa de Interfaces: Um hábito capaz de melhorar sua criatividade e eliminar o bloqueio criativo

UI Design

Análise Ativa de Interfaces: Um hábito capaz de melhorar sua criatividade e eliminar o bloqueio criativo

7 min de leitura
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Você conhece muito bem esse sentimento.

Você está na frente do seu computador tentando criar uma nova interface e…

…Nenhuma ideia vem à sua cabeça.

Você se sente frustrado, desanimado e sem ideias.

Infelizmente esse é um acontecimento comum entre pessoas criativas, o famoso bloqueio criativo.

Felizmente essa história não precisa acabar assim…

…Eu passei um bom tempo buscando por uma solução pra esse problema, e hoje neste artigo eu vou compartilhá-la com você.

O vídeo abaixo contém uma explicação em detalhes sobre como e por que esse método funciona, inclusive esse vídeo faz parte de uma série semanal de vídeos que eu posto no meu canal do YouTube:

Neste artigo você aprenderá…

Uma das principais causas do bloqueio criativo

Um bloqueio criativo é estado temporário do qual você se sente sem ideias, sem criatividade e em muitos casos frustrado com o trabalho que você está executando.

Existem muitas variáveis que ocasionam um bloqueio criativo, coisas como: Burnout, Estresse, Ansiedade e…

…Falta de referências

Nossa criatividade funciona de uma maneira bem peculiar e muitas vezes inconsciente.

Quando estamos tentando criar algo o nosso cérebro basicamente está escaneando referências das quais você absorveu anteriormente na sua vida.

É como se fosse uma tempestade perfeita de ideias, soluções e analises com base no que você já vivenciou.

Referências são como um alimento criativo para o seu cérebro, quanto mais você alimentá-lo mais criativo você será.

No momento que você parar de coletar referências suas chances de experienciar um bloqueio criativo aumentam.

É por isso que…

Só dar uma olhadinha rápida não basta

Muitas pessoas acreditam que o processo de acumular referências consiste somente em dar uma olhada rápida em algumas inspirações…

Isso funciona até certo ponto, porém não é tão eficiente.

As chances são que a sua rápida olhada em uma referência logo logo vai ser esquecida.

Isso acontece porque você não fez o seu cérebro fixar aquela referência na sua memória de longo prazo.

Nosso cérebro possui dois tipos de memória, a de curto prazo da qual lembra de coisas recentes e pequenas (tipo uma sequência numérica curta).

E a memória de longo prazo da qual lembra de coisas mais específicas e detalhadas como o nome e rosto do seus amigos, técnicas, habilidades, etc.

É aqui que vem a sacada, você precisa transportar suas referências para a sua memória de longo prazo… Mas como?

A teoria do cone do aprendizado por Edgar Dale

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Um pesquisador chamado Edgar Dale conduziu uma pesquisa e descobriu que existem duas maneiras de reter o conhecimento de alguma coisa, a maneira passiva e a ativa.

Ele também descobriu que após 2 semanas de ter estudado algo você tende a lembrar somente de:

  • 10% do que você lê (aprendizado passivo)
  • 20% do que você escuta (aprendizado passivo)
  • 30% do que você vê (aprendizado passivo)
  • 50% do que você vê e escuta (aprendizado passivo)
  • 70% do que você fala (aprendizado ativo)
  • 90% do que você fala e faz (aprendizado ativo)

Então imagine que você apenas observou uma referência de interface no Dribbble ou Behance.

As chances são que você só vai lembrar de 30% do que viu (na maioria dos casos você nem lembra).

Mas e como reter melhor essas referências e lembrar delas?

A solução é bem simples, basta você executar o que eu chamo de Análise Ativa de Interfaces.

Esse método consiste em analisar em profundos detalhes cada aspecto e elemento de uma interface (o processo completo dura em média 40 minutos e pode ser feito em momentos separados).

Essa atividade força o seu cérebro a guardar suas referências na sua memória de longo prazo.

Se você colocar em prática a técnica de análise ativa de 3 passos você tende a lembrar de 90% do que você analisou. Aqui está o passo-a-passo de como fazer:

Passo 01: Observar (escanear)

Escolha uma seção específica de uma interface e tire um print (home, login, sobre, etc).

Nessa primeira etapa você vai escanear de forma rápida a interface como um todo. É basicamente dar uma olhada geral e escrever uma observação com a sua opinião sobre essa interface.

Você deve escrever sua opinião para que você comece a analisar a interface de maneira ATIVA, esse processo vai ajudar você a lembrar mais dessa referência.

A ideia aqui é sempre engajar em algo que você precise colocar a mão na massa e literalmente fazer algo mais ativo como escrever.

Passo 02: Recolher evidências

Nessa etapa você escreverá anotações sobre as principais características e aspectos sobre os principais elementos presentes na interface.

A ideia é você fazer uma análise do que você achou sobre cada elemento, é literalmente você escrever o que você está pensando.

O objetivo dessas anotações é você entrar em um modo de análise minuciosa e ATIVA, assim você vai lembrar muito mais da referência estudada.

Aqui estão os elementos eu observo e como eu faço essas anotações:
a) Espaço: Tirar print e analisar espaço macro e micro de alguma seção específica da UI
b) Tipografia: Identificar qual a fonte utilizada e qual sua escala tipográfica
c) Cores: Coletar a paleta de cores e analisar como ela é utilizada
d) Mobile: Analisar as principais diferenças da versão mobile da interface

Passo 03: Dissecar

Por fim, vem a minha parte favorita: Copiar elementos que você achou interessante.

Provavelmente deve ter achado algum componente, botão ou formulário no mínimo interessante após analisar a interface que você escolheu.

Escolha um ou mais componentes e tente copiar somente observando cada detalhe e aspecto visual. A ideia dessa técnica é você treinar o seu repertório visual e criar coisas novas que você nunca criou antes.

Depois de ter feito todas as etapas anteriores você pode criar um repositório de referências de cores, componentes e inspirações na sua própria conta do figma. Eu ensino como fazer isso no video abaixo.

Mas por que cargas d’gua isso vai fazer você ser mais criativo?

Sua criatividade é como um músculo.

O quão mais você exercitar mais o músculo cresce e fica forte, ou seja, o quão mais forte o seu músculo da criatividade é, mais fácil fica pra você gerar novas ideias e pensar em soluções inovadoras.

O seu músculo da criatividade tende a crescer mais quando você EXECUTA tarefas e análises ativas.

Se você seguir exercitando o seu músculo da criatividade e alimentar seu cérebro com novas referências todos os dias você irá notar uma grande diferença no longo prazo.

Quantas analises realizar?

Comece com pouco porém com consistência.

Eu gosto de analisar uma interface por semana, algumas pessoas acham isso muito e outras acham pouco.

O importante é criar um hábito consistente isso porque os resultados desse exercício aparecem no longo prazo.

Ou seja, é preferível você fazer uma análise por semana durante 6 meses do que analisar 30 interfaces em um único mês.

O seu próximo passo…

Eu escrevi um eBook grátis completo com mais de 67 páginas sobre Design de Interfaces.

Eu chamo esse eBook de Como Aprender Design de Interfaces, ele é 100% grátis e você pode baixá-lo clicando aqui.

Eai...

Me conta nos comentários o que tu achou sobre esse artigo? :)